ANÁLISE PONTUAL DO EPISÓDIO PILOTO DA SÉRIE | THE FLASH
Viemos prestar um serviço de utilidade pública e desanuviar as mentes daqueles que estão nesse dilema horrível: assistir ou não assistir The Flash?
Essa é uma análise pontual do episódio piloto e não haverá novas análises periodicamente. Espero, ao final, ter ajudado vocês a se decidirem se incluem mais essa série em suas grades.
The Flash é o novo xodó da CW e a emissora está tratando a série com muito cuidado, o que nos leva ao medo principal de muita gente: a própria CW.
A CW é uma emissora conhecida por suas séries adolescentes e/ou intermináveise vários takes de homens sem camisa; não é nenhuma AMC, muito menos HBO, mas faz parte do grupo Warner Bros., que detém os direitos dos personagens da DC Comics, então, não tem muito pra onde correr.
Esse mesmo medo de ser feita uma péssima adaptação existia há dois anos, na estreia de Arrow, e, apesar da série ter demorado um pouco para encontrar seus eixos, o desenvolvimento foi uma grata surpresa e hoje é uma grande favorita entre as séries da TV aberta dos Estados Unidos.
O piloto de The Flash – “City of Heroes” – pode ser visto de duas formas. Por um viés microanalítico, temos o episódio em si. O texto é simples e auto-explicativo, com direito a narração em off, que começa com “my name is Barry Allen” (talvez paraacabar de vez com os sonhos evitar confusão e ter gente acreditando que aquele seria Wally West, o Flash do desenho da Liga da Justiça).
Desde que o piloto não terminado vazou há alguns meses, foram feitas muitas comparações com Smallville, sempre com uma nuvem de negatividade pairando sobre os comentários. Sinceramente, apesar do tom mais leve, The Flash segue de forma bem mais confiante e madura.
É um episódio fácil de acompanhar, mas admito que perdi um pouco o interesse nos dez minutos finais, parte disso porque, em tempos adaptação de quadrinhos para todos os lados, histórias de origem já têm um esquema bem batido:
Herói é vítima de algo > herói ganha poderes > dilema sobre os poderes > vilão > herói derrota vilão
O piloto de The Flash não foge do padrão, mas o roteiro do episódio foi sagaz o suficiente ao perceber que nós já conhecemos menino Barry, sua participação em Arrow foi extremamente bem aceita e carismática, e deu sinal verde para a produção da série sobre o personagem. Isso permitiu que o episódio fosse menos focado no Barry Allen e pudesse ser um episódio de grupo, em que cada personagem é apresentado rapidamente e tem uma função na história.
Os efeitos especiais não estão vergonha alheia, mas Gabriel (vosso ilustre editor) estava bastante revoltado com a edição, que te manda de uma van para um laboratório, de um quarto de hospital para o pior leito domiciliar da história da Medicina.
Se você é o Batman e vai se vestir todo de preto, é fácil ser elegante. Algum surtado pode colocar mamilos na sua armadura, mas você ainda tem uma máscara e uma capa legais. Agora, se seu uniforme inclui raiozinhos nas orelhas, há algo errado, amigo.
Nas HQs, é fácil relevar esses detalhes e prestar atenção na arte em si, mas nas adaptações é notável o esforço da produção em deixar os uniformes e os gadgets bem mais verossímeis e úteis.
Para o uniforme do Flash são usados os velhos princípios da ciência dos quadrinhos e, ok, há os raios na orelha, mas eles têm uma função; quanto ao design, Cisco, o cientista que criou a roupa, é tão fanboy e entusiasmado quanto todos nós. Ele colocou um raio amarelo no meio do uniforme porque achou que seria legal, afinal, Barry foi, de fato, atingido por um raio e Cisco não é Yves Saint Laurent.
De forma macroanalítica, temos a junção do universo DC no meio audiovisual. The Flash não é um simples spin-off de Arrow, é uma série individual e tem sua própria identidade. Rumores dizem que, no futuro, pode haver crossover entre as emissoras, com a estreia de Titans e Supergirl, mas, por enquanto, a única certeza que temos é de que The Flash e Arrow se passam no mesmo universo e ao mesmo tempo.
Aliás, Oliver Queen é um querido, não é? A participação dele no episódio quase foi gratuita, até o momento em que ele resumiu a diferença entre os dois personagens e, consequentemente, entre as duas séries: o Arqueiro é alguém muito dúbio para ter apoio incondicional, mas Barry pode inspirar pessoas, ele pode ser um herói.
O piloto da série não é um primor, mas, em retrospecto,qual piloto das séries de quadrinhos foi? The Flash tem potencial, mas, provavelmente, vai engrenar de vez pouco antes do hiato de fim de ano. –Que ainda não e de meu conhecimento os episódios – Pelo menos, já podemos esperar o crossover com Arrow, as investigações sobre o assassinato da mãe de Barry e alguns paradoxos temporais.
Se dependesse somente desse episódio para começar a ver a série, acompanharia firmemente até o hiato de final de ano para ver vários episódios de uma vez, mas a promessa de expansão do universo DC, a abstinência de filmes, e o carisma de Barry Allen, muito bem interpretado pelo rapaz com cara de Glee, Grant Gustin, fazem a série valer a pena como diversão descompromissada…
…Pelo menos até conhecermos melhor os personagens e as coisas se complicarem, porque elas vão se complicar!
P.S.1: Os fãs dos quadrinhos terão muito como que quebrar a cabeça, pois vários personagens têm nomes que fazem referências principalmente a vilões, mesmo que tenham sido apresentados de forma totalmente diferente e fora de suspeita.
P.S.2: Lembram do nome do primeiro episódio da 2ª temporada de Arrow? “City of Heroes”. Paralelo interessante.
P.S.3: Em uma tempestade com raios, não fique em cima de uma poça d’água e segurando uma corrente de metal ligada ao teto da casa.
Essa é uma análise pontual do episódio piloto e não haverá novas análises periodicamente. Espero, ao final, ter ajudado vocês a se decidirem se incluem mais essa série em suas grades.
The Flash é o novo xodó da CW e a emissora está tratando a série com muito cuidado, o que nos leva ao medo principal de muita gente: a própria CW.
A CW é uma emissora conhecida por suas séries adolescentes e/ou intermináveis
Esse mesmo medo de ser feita uma péssima adaptação existia há dois anos, na estreia de Arrow, e, apesar da série ter demorado um pouco para encontrar seus eixos, o desenvolvimento foi uma grata surpresa e hoje é uma grande favorita entre as séries da TV aberta dos Estados Unidos.
O piloto de The Flash – “City of Heroes” – pode ser visto de duas formas. Por um viés microanalítico, temos o episódio em si. O texto é simples e auto-explicativo, com direito a narração em off, que começa com “my name is Barry Allen” (talvez para
Desde que o piloto não terminado vazou há alguns meses, foram feitas muitas comparações com Smallville, sempre com uma nuvem de negatividade pairando sobre os comentários. Sinceramente, apesar do tom mais leve, The Flash segue de forma bem mais confiante e madura.
É um episódio fácil de acompanhar, mas admito que perdi um pouco o interesse nos dez minutos finais, parte disso porque, em tempos adaptação de quadrinhos para todos os lados, histórias de origem já têm um esquema bem batido:
Herói é vítima de algo > herói ganha poderes > dilema sobre os poderes > vilão > herói derrota vilão
O piloto de The Flash não foge do padrão, mas o roteiro do episódio foi sagaz o suficiente ao perceber que nós já conhecemos menino Barry, sua participação em Arrow foi extremamente bem aceita e carismática, e deu sinal verde para a produção da série sobre o personagem. Isso permitiu que o episódio fosse menos focado no Barry Allen e pudesse ser um episódio de grupo, em que cada personagem é apresentado rapidamente e tem uma função na história.
Os efeitos especiais não estão vergonha alheia, mas Gabriel (vosso ilustre editor) estava bastante revoltado com a edição, que te manda de uma van para um laboratório, de um quarto de hospital para o pior leito domiciliar da história da Medicina.
Se você é o Batman e vai se vestir todo de preto, é fácil ser elegante. Algum surtado pode colocar mamilos na sua armadura, mas você ainda tem uma máscara e uma capa legais. Agora, se seu uniforme inclui raiozinhos nas orelhas, há algo errado, amigo.
Nas HQs, é fácil relevar esses detalhes e prestar atenção na arte em si, mas nas adaptações é notável o esforço da produção em deixar os uniformes e os gadgets bem mais verossímeis e úteis.
Para o uniforme do Flash são usados os velhos princípios da ciência dos quadrinhos e, ok, há os raios na orelha, mas eles têm uma função; quanto ao design, Cisco, o cientista que criou a roupa, é tão fanboy e entusiasmado quanto todos nós. Ele colocou um raio amarelo no meio do uniforme porque achou que seria legal, afinal, Barry foi, de fato, atingido por um raio e Cisco não é Yves Saint Laurent.
De forma macroanalítica, temos a junção do universo DC no meio audiovisual. The Flash não é um simples spin-off de Arrow, é uma série individual e tem sua própria identidade. Rumores dizem que, no futuro, pode haver crossover entre as emissoras, com a estreia de Titans e Supergirl, mas, por enquanto, a única certeza que temos é de que The Flash e Arrow se passam no mesmo universo e ao mesmo tempo.
Aliás, Oliver Queen é um querido, não é? A participação dele no episódio quase foi gratuita, até o momento em que ele resumiu a diferença entre os dois personagens e, consequentemente, entre as duas séries: o Arqueiro é alguém muito dúbio para ter apoio incondicional, mas Barry pode inspirar pessoas, ele pode ser um herói.
O piloto da série não é um primor, mas, em retrospecto,
Se dependesse somente desse episódio para começar a ver a série, acompanharia firmemente até o hiato de final de ano para ver vários episódios de uma vez, mas a promessa de expansão do universo DC, a abstinência de filmes, e o carisma de Barry Allen, muito bem interpretado pelo rapaz com cara de Glee, Grant Gustin, fazem a série valer a pena como diversão descompromissada…
…Pelo menos até conhecermos melhor os personagens e as coisas se complicarem, porque elas vão se complicar!
P.S.1: Os fãs dos quadrinhos terão muito com
P.S.2: Lembram do nome do primeiro episódio da 2ª temporada de Arrow? “City of Heroes”. Paralelo interessante.
P.S.3: Em uma tempestade com raios, não fique em cima de uma poça d’água e segurando uma corrente de metal ligada ao teto da casa.
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